América
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América | ||
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Vizinhos | Todos (Ásia, África, Antártica, Europa e Oceania) | |
Divisões administrativas | ||
- Número de países | 35 | |
- Número de territórios | 18 | |
Área | ||
- Total | 42 189 120 km² | |
- Maior país | ![]() | |
- Menor país | ![]() | |
Extremos de elevação | ||
- Ponto mais alto | Aconcágua (6 962 m.a.n.m.) | |
- Ponto mais baixo | Laguna del Carbón (-105 m.a.n.m.) | |
Maior lago | Lago Superior (82 414 km²) | |
Pontos extremos | ||
- Ponto mais setentrional | Ártico[1] | |
- Ponto mais meridional | Cabo Horn[2] | |
- Ponto mais oriental | Ponta do Seixas (continental)Nordostrundingen (insular)[3] | |
- Ponto mais ocidental | Cabo Príncipe de Gales (continental)Aleutas (insular) | |
Maior ilha | Groenlândia (2 166 086 km²) | |
Maior vulcão | Ojos del Salado (6 893 m.a.n.m.) | |
População | ||
- Total | 902 892 047 habitantes | |
- Densidade | 21 hab./km² | |
- País mais populoso | ![]() (303 007 997 hab.) | |
- País menos populoso | ![]() (42 696 hab.) | |
- País mais povoado | ![]() | |
- País menos povoado | ![]() | |
Línguas mais faladas | espanhol, inglês, português, francês e holandês. | |
Economia | ||
- País mais rico | Estados Unidos (US$ 14 256 275 000 000) | |
- País mais pobre | Dominica (US$ 362 000 000) |
Os três maiores países da América, Canadá, Estados Unidos e Brasil, são também as maiores economias, as quais estão entre as dez maiores do mundo.
Com uma área de 42 189 120 km² e uma população de mais de 902 milhões de habitantes, corresponde a 8,3% da superfície total do planeta, ou 28,4% das terras emersas, e a 14% da população humana. Localizada entre o oceano Pacífico e o Atlântico, a América inclui o Mar do Caribe e a Groenlândia, mas não a Islândia, por razões históricas e culturais.
Também é conhecida pela expressão "Novo Mundo", neste caso em oposição à Eurafrásia, considerada o "Velho Mundo", e à Oceania, chamada de "Novíssimo Mundo". Nos países de língua inglesa, a América é por vezes designada no plural Américas, para evitar a ambiguidade com o nome dos Estados Unidos. A maioria dos estudiosos aponta o nome do navegador italiano Américo Vespúcio como origem etimológica do topônimo "América", cujo gentílico é "americano".[4]
A América compõe-se de duas massas de dimensões continentais (as Américas do Norte e do Sul) ligadas por um istmo (o istmo do Panamá) que é cortado por um canal (o canal do Panamá). Além dessas divisões, há os conceitos das chamadas América Média e Mesoamérica.
Índice[esconder] |
[editar] Etimologia e uso
O Dicionário Houaiss registra a primeira aparição do gentílico "americano" em 1679.
Em português, ao contrário do inglês, não é comum o uso do termo "América" para se referir aos Estados Unidos (EUA). O gentílico "americano", por outro lado, é frequentemente empregado para designar os naturais e habitantes daquele país; como esta prática é pouco precisa (por permitir confusão com o gentílico do continente), alguns preferem usar apenas os gentílicos "estadunidense" ou "norte-americano" em alusão aos EUA.
[editar] História
[editar] Primeiras migrações
Durante grande parte do século XX, os cientistas consideravam a cultura Clóvis como a primeira da América, com sítios datados de cerca de 13500 anos atrás. Mais recentemente, encontraram-se outros sítios arqueológicos (ver Luzia) que parecem indicar a presença humana na América por volta de 40000 a.C..
Em outra onda migratória, os inuítes atingiram a região ártica da América em cerca de 1000. Na mesma época, colonos vikingues começaram a chegar à Groenlândia, em 982, e em Vinland, pouco depois, embora esta última tenha sido abandonada logo em seguida; desapareceram da Groenlândia por volta de 1500.
[editar] Civilização
Grandes civilizações centralizadas desenvolveram-se no Hemisfério Ocidental: Norte Chico, Chavin, Nazca, Moche, Huari, Chimu, Pachacamac, Tiahuanaco, Aymara e Inca nos Andes Centrais (hoje Peru e Bolívia); Muisca na Colômbia; Olmecas, Toltecas, Mixtecas, Zapotecas, Astecas e Maias na América Central. As cidades dos astecas e dos maias eram tão grandes quanto as do Velho Mundo, com população estimada em cerca de 300 000 em Tenochtitlán, por exemplo. Tais civilizações desenvolveram a agricultura, com culturas de milho, batata, tomate, abóbora, feijão e abacate, dentre outras. Não desenvolveram a pecuária em larga escala, devido à escassez de espécies no continente.
[editar] Descoberta e colonização europeia

Os avanços técnicos do século XV permitiram aos europeus atravessar o Atlântico. Réplica da nau Santa Maria, capitaneada por Cristóvão Colombo (Funchal, Ilha da Madeira).
A escravidão, doenças e guerras dizimaram as populações indígenas e alteraram radicalmente a composição étnica da América. O trabalho escravo foi reforçado no continente com a importação de indivíduos africanos, no que se tornou um crescente comércio escravagista, o tráfico negreiro. As populações indígenas reduziam-se à medida que os contingentes brancos e negros cresciam rapidamente. É de notar-se, porém, que o maior número de indígenas e de casamentos inter-raciais na América Hispânica deu origem a populações com maior composição étnica de mestiços e indígenas nas Américas Central e do Sul.
[editar] Movimentos de independência
Aos poucos, os povos latino-americanos conquistaram sua independência frente à Espanha, em geral com o emprego de força militar: a batalha de Boyacá, em 1819, assegura o fim do domínio espanhol do norte da América do Sul; a Argentina declara independência em 1816, em congresso reunido em Tucumán; o México libera-se de maneira relativamente pacífica em 1821; naquele período a maioria dos países latino-americanos obtém sua independência. A Espanha logrou manter sob seu controle Porto Rico e Cuba, até 1898. A maioria dos países do Caribe libertou-se no século XX.
O Brasil, único país americano de fala portuguesa, atingiu a independência de maneira particular. Devido às guerras napoleônicas, a capital do Império Português fora transferida de Lisboa para o Rio de Janeiro, o que provocou a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido com Portugal e Algarve. A dissolução deste reino unido, em 1822, com a independência do Brasil e uma breve guerra, resultou numa monarquia, a única da América (com exceção de alguns ensaios mal-sucedidos no México e no Haiti).
Os grandes protagonistas do período da independência americana foram George Washington e Thomas Jefferson, Simón Bolívar, José de San Martín, Bernardo O'Higgins, Miguel Hidalgo y Costilla, José Bonifácio de Andrade e Silva, D. Pedro I e outros.
[editar] Século XIX
A Grã-Colômbia, independente em 1819, dissolveu-se em suas partes constituintes em 1830: Colômbia, Venezuela e Equador (o Panamá separar-se-ia da Colômbia em 1903, por influência americana).
A Batalha do Avaí foi um dos últimos episódios da Guerra da Tríplice Aliança, ocorrida em 11 de dezembro de 1868 (óleo de Pedro Américo, Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro.)
Em 1888, o Brasil libertou os seus escravos. De sua independência até 1889, o país manteve a forma de governo monárquica. Naquele ano, o exército proclamou a república, regime que vigora até o presente, com diversas alterações.
Ao longo do século XIX, os Estados Unidos expandiram-se em território e em pujança econômico-comercial, prelúdio do status de superpotência de que viriam a gozar no século XX. A expansão territorial americana incluiu a compra da Luisiana, do Alasca e da Flórida Oriental, a partilha do Oregon Country, conflitos com o México (anexação do Texas, Guerra Mexicano-Americana: anexação de Colorado, Arizona, Novo México, Wyoming, Califórnia, Nevada e Utah) e com a Espanha (Guerra Hispano-Americana: anexação de Porto Rico, Cuba, Guam, Filipinas), anexação do Havaí e de diversas ilhas no Pacífico e no Caribe.
[editar] Século XX
O século também revelaria um grande abismo entre o norte rico e desenvolvido, composto pelos Estados Unidos e Canadá, e o sul pobre e em desenvolvimento, integrado pela América Latina e Caribe. Democracias estáveis, os Estados Unidos e o Canadá, contrastaram com os frequentes golpes militares latino-americanos.
[editar] Geografia
A América compõe-se de dois subcontinentes (ou continentes, caso não se considere a América um continente único): a América do Norte e a América do Sul. Segundo as teorias de deriva continental e das placas tectônicas, ambas as massas teriam permanecido separadas por milhões de anos. Após a divisão de Gondwana e Laurásia, ter-se-iam movido até suas atuais posições, unidos pela América Central (considerada parte da América do Norte), de início um arco insular e, posteriormente, uma ponte de terra surgida pela ação das placas tectônicas. O ponto mais estreito desta ponte é o istmo do Panamá, formado há três milhões de anos. Outro arco insular, as Antilhas (também consideradas parte da América do Norte), constituem-se em outra conexão entre os dois subcontinentes. Do ponto de vista geopolítico, costuma-se considerar o Panamá em sua totalidade como parte da América do Norte.
A maior parte da América do Norte jaz sobre a Placa Norte-americana, embora porções da Califórnia e do oeste do México estejam sobre a Placa do Pacífico, com a Falha de Santo André a separar as duas placas. A América do Sul assenta-se sobre a Placa Sul-americana. O Caribe e o sul da América Central estão sobre a Placa do Caribe.
[editar] Relevo
Há um certo paralelo entre o relevo das Américas do Norte e do Sul. A oeste, encontram-se grandes cordilheiras, como as Rochosas, no norte, a Sierra Madre Ocidental, no centro, planícies e depressões, e os Andes, no sul. Em ambos os subcontinentes, há grandes planícies onde se formaram, dentre outras, duas das maiores bacias hidrográficas do planeta, a do Mississipi e a do Amazonas.O ponto culminante da América é o Aconcágua, na Argentina, com 6 959 m.
[editar] Regiões
A América do Norte costuma ser dividida em quatro grandes regiões: as Grandes Planícies, do golfo do México até o Ártico canadense (este último compreende os três territórios do Canadá: Yukon, Territórios do Noroeste e Nunavut); o Oeste, que inclui as montanhas Rochosas, a Grande Bacia (o divisor de águas entre as Rochosas e a Sierra Nevada), a Califórnia, o Alasca e grande parte do México; o Escudo Canadense, no nordeste; e a região leste, que inclui os Apalaches, a planície costeira ao longo do Atlântico e a península da Flórida.
A América Central costuma ser dividida em Ístmica (ou Continetal), que compreende a porção continental que é o istmo que liga a América do Norte à do Sul, e Insular, que compreende as Antilhas, que são as ilhas localizadas no Mar do Caribe. Esta última região ainda é dividida e subdividida em Baamas, Grandes Antilhas e Pequenas Antilhas, que podem ser ilhas de Barlavento e ilhas de Sotavento.
A América do Sul costuma ser dividida em oito grandes regiões: a planície costeira do Pacífico; o Caribe sul-americano (compreende a Colômbia, a Venezuela e as Guianas); os Andes e o Altiplano (o planalto andino localizado nos territórios de Argentina, Chile, Bolívia, Peru e Equador); a Amazônia; o Planalto Central, no Brasil; a planície do Chaco e o Pantanal; a planície costeira do Atlântico; e a Patagônia.
[editar] Demografia
A população da América compreende descendentes de grandes grupos étnicos, como os indígenas (inclusive inuítes e aleútas), os europeus (principalmente espanhóis, ingleses, irlandeses, italianos, portugueses, franceses, alemães e holandeses), negros africanos, asiáticos (como os amarelos e os médio-orientais), bem como mestiços e mulatos.A maioria da população vive na América Latina, assim chamada devido a suas línguas dominantes, espanhol e português, ambas derivadas do latim; as regiões de língua francesa são consideradas, a rigor, parte da América Latina. Costuma-se contrastá-la com a América Anglo-Saxônica (Estados Unidos e Canadá), onde se fala o inglês, uma língua germânica, e onde a população possui raízes britânicas; a rigor, outros países de línguas germânicas, como Guiana, Suriname, Belize, Jamaica e grande parte das Índias Ocidentais, também integram a América Anglo-Saxônica.
Cidades mais populosas da América | |||||||||
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Posição | Cidade | País | População | Posição | Cidade | País | População | ![]() São Paulo Cidade do México ![]() Nova Iorque | |
1 | São Paulo | ![]() | 11 037 593 | 11 | Medellín | ![]() | 3 204 178 | ||
2 | Cidade do México | ![]() | 8 836 045 | 12 | Salvador | ![]() | 2 998 056 | ||
3 | Nova Iorque | ![]() | 8 274 527 | 13 | Guaiaquil | ![]() | 2 985 379 | ||
4 | Lima | ![]() | 7 605 742 | 14 | Chicago | ![]() | 2 836 658 | ||
5 | Bogotá | ![]() | 7 421 831 | 15 | Buenos Aires | ![]() | 2 776 138 | ||
6 | Rio de Janeiro | ![]() | 6 186 710 | 16 | Cáli | ![]() | 2 725 604 | ||
7 | Santiago | ![]() | 5 428 590 | 17 | Brasília | ![]() | 2 606 885 | ||
8 | Caracas | ![]() | 3 956 042 | 18 | Fortaleza | ![]() | 2 505 552 | ||
9 | Los Angeles | ![]() | 3 849 378 | 19 | Toronto | ![]() | 2 481 494 | ||
10 | Maracaibo | ![]() | 3 673 007 | 20 | Belo Horizonte | ![]() | 2 452 617 |
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